10 de mar. de 2013

E a crítica de hoje é...

Oz: Mágico e Poderoso (2013)



Título Original: Oz: The Great and Powerful
Direção: Sam Raimi

Produção: Joe Roth
                K.C. Hodenfield
                W. Mark McNair
             
Roteiristas: Mitchel Kapner
                 David Lindsay-Abaire

Uma obra adaptada: The Wonderful Wizard of Oz - L. Frank Baum

Elenco Principal: James Franco - Oz / Oscar
                          Mila Kunis - Theodora
                          Rachel Weisz - Evanora
                          Michelle Williams - Annie / Glinda
                          Zach Braff - Frank / Finley
                          Bill Cobbs - Mestre Tinker
                          Tony Cox - Knuck

Mais uma adaptação falha da Disney, é nos últimos tempos ela ta se superando. Oz começa com a péssima montagem dos efeitos especiais e a reciclagem de muitas paisagens usadas em Alice. O que é de assustar, já que Sam Raimi não tem o costume de usufruir da ideia dos outros.

Oz: Mágico e Poderoso conta a chegada do farsante mágico à terra de Oz. O que o filme mostra é um charlatão, mentiroso, aproveitador que engana todo mundo com truques básicos de luz. Sim, ele usa um vidro de cola pra dizer que é mágica... O filme peca também nas cenas em que precisa-se de uma profundidade, como a panorâmica do caminho de tijolos dourados, em que parece claramente que tem um tapume pintado no fundo.

Ainda falando sobre isso, o abuso do croma key é absurdo. Da pra perceber claramente o que foi montado por computação gráfica. "Ah Cíntia, o filme é de fantasia", mas ainda assim você quer acreditar que toda aquela paisagem é real. Uma cena em especial denúncia toda a incapacidade dos produtores. Uma das tomadas mostra Oz e o macaco (esse está bem feito) andando e existem cavalos atrás. Os cavalos tem só as duas patas do lado direito ¬¬

Mas nem tudo está perdido, o Macaco voador e a Bonequinha de porcelana emprestam alguma qualidade ao filme. Os "poderes mágicos" das bruxas também deixam a desejar. Uma delas só solta fumaça da varinha, uma solta raios verdes dos dedos e a outra, bem, a outra chora acido. Essa parte é bonita, e bem grotesca. Assim que a bruxa chora sua pele derrete no caminhos das lágrimas, o que deixaria a personagem bem malvada, se eles não tivessem decidido que ela seria uma adaptação verde da bruxa do pica-pau.



Como toda história adaptada, ela tinha que fazer menções à alguns personagens da história original, como o espantalho, e o leão - que mais parecia Aslam. Bem, os voos e piruetas são o cumulo da falsidade, deixando claro que os anões estava fazendo as piruetas presos com cabos de ferro. E voar em bolhas? BOLHAS? É, nesse nível de efeitos.

O visual e o estilo das roupas me deixou bem alegre, Steampunk por todos os lados. Eu grande fã dessa moda fiquei feliz ao ver a representação desse estilo quase nunca usado. O prólogo, que explica como Oz foi parar em  Oz, é bem bonito, fazendo uma releitura bem divertida da história original de 1939, mas é fraco, bem fraco.

Mostra um Oz já enganador fugindo, de forma tosca em um balão, e daí, como de praxe, em um clichê nojento, ele entra num tornado e vai pra terra mágica. O 3D nessa cena é incrivelmente bem feito, o que nos deixa dentro do balão com o Franco, sendo perfurado por pedaços de madeira voadora.

Em suma, o 3D tá muito bem aplicado, as cores, trilha sonora, e roteiro poderiam ter sido salvos com um pouco mais de competência. Já o roteiro, maquiagem, efeitos especiais e cenas clichês como as flores que abrem assim que você passar (por falar nisso porquê as flores só se abrem quando alguém chega perto?), podem ser jogados no lixo e refeitos.




Não sei o que a Disney pensou ao lançar esse filme, mas fica a dica, a pressa é inimiga da perfeição, e no afobamento para o lançamento do filme, ela pecou e deixou muita coisa a ser melhorada. Ganhou duas estrelas por não ter o cuidado de fazer uma adaptação decente. Esperarei mais de Malévola!

Cíntia Rocha

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