3 de mar. de 2013

E a critica de hoje é...

A Invenção de Hugo Cabret (2011)







Título Original: Hugo

Direção: Martin Scorsese

Produção: Johnny Depp
                Tim Headington
                Graham King
                Martin Scorsese
Roteiristas: John Logan
Uma obra adaptada: The Invention of Hugo Cabret - Brian Selznick

Elenco Principal: Ben Kingsley - Georges Méliès
                          Sacha Baron Cohen - Inspetor
                          Asa Butterfield - Hugo Cabret
                         Chloë Grace Moretz - Isabelle
                         Ray Winstone - Tio Claude
                         Emily - Mortimer - Lisette
                         Christopher Lee - Monsieur Labisse
                         Jude Law - Senhor Cabret
                         Helen McCrory - Mama Jeanne
                         Michael Stuhlbarg - Rene Tabard
                         Frances de la Tour - Madame Emilie
                         Richard Griffiths - Monsieus Frick

Querer apresentar o 3D ao mundo é legal, mas faça direito por favor. Faça em cima de um bom roteiro, uma boa história e com boas atuações. Explore bons atores e mostre que um filme de Scorsese não é qualquer besteira. Vai levar duas estrelinhas pelo péssimo trabalho.

Não que eu não admire o trabalho dele, mas poxa, dava pra ter feito um pouco mais. Hugo Cabret tem um bom trabalho com 3D e uma ótima história por trás, que poderia ser muito mais explorada. As cenas em que neva e chovem folhas de papel são de um realisto maravilhoso, eu fiquei de boca aberta com a qualidade do foco e toda a profundidade aplicada nas cenas.

A trilha sonora também é bem bonita. Usando como base a época, Scorsese utilizou um ótimo jogo de músicas para compor o filme. O figurino também está ótimo. Adorei toda a parte steampunk, o que é inovação em filmes. A perna mecânica do inspetor é uma ótima representação desse estilo de "moda". 


Quanto aos efeitos especiais, algumas cenas poderiam ter sido melhoradas. Eles tiveram um cuidado todo especial em fazer o robô principal, para que ele se mexesse com "naturalidade" para um robô. Porém, algumas cenas aéreas e flashbacks são pessimamente mal elaboradas, parecendo trabalho de estagiário mexendo no flash.

A história por trás, poderia ser linda, se fosse aprofundada. Por trás do clichê "menino orfão perdido que se vira sozinho" tem a história do pai do cinema, George Méliès. Se os produtores tivessem tido a brilhante idéia de contar a fundo a história do diretor, seria muito mais interessante. Bem como o aproveitamento de bons atores como Christopher Lee e Jude Law. O elenco infantil foi um tiro no pé. A menina já tem experiência em cinema, participando de 500 dias com ela e Kick Ass. Já o menino Hugo, deu um show de péssimo preparo. Da pra perceber que ele evolui em desenvoltura.

Eu gostei do tema, e da homenagem ao cinema. A primeira hora do filme não dá pra perceber que a vertente seria para esse lado. Somente na parte final do filme que percebemos a sútil referencia ao cinema e toda sua história.


Gostei de poucas coisas nesse filme, achei que poderia ser melhor e muito bem aproveitado o orçamento e o elenco. Scorsese pode ter concorrido ao Oscar, José Mayer pode ter dito que o filme é bom, mas eu não concordo. Duas estrelhinhas pelo trabalho mal feito!

Cíntia Rocha

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