E a crítica de hoje é...

Os Miseráveis (2012)

A crítica de hoje tem trilha sonora galera. Então clica no play e vai lendo.

Título Original: Les Miserábles

Direção: Tom Hooper

Produção: Tim Bevan
                 Eric Fellner
                 Debra Hayward
                 Cameron Mackintosh

Roteiristas: William Nicholson
                  Alain Boublin
                  Claude-Michel Schönberg
                  Herbert Kretzmer

Musicistas: Alain Boublin
                 Claude-Michel Schönberg

Uma obra adaptada: Os Miseráveis - Victor Hugo

Elenco principal: Hugh Jackman - Jean Valjean
                           Anne Hathaway - Fantine
                           Amanda Seyfried - Cosette
                           Isabelle Allen - Cosette criança
                           Sacha Baron Cohen - Thénardier
                           Helena Bonham Carter - Madame Thénardier
                           Eddie Redmayne - Marius
                           Aaron Tveit - Enjolras
                          Samantha Barks - Éponine
                          Natalya Angel Wallace - Éponine criança
                          Daniel Huttlestone - Gavroche


Um musical, um clássico, um colosso, uma novela, um indicado ao Oscar. Senhoras e senhores, tomem uma xícara de café bem forte e venham ver o lindíssimo e bem produzido "Les Miserábles", em sua regravação para o cinema.

Esta é uma obra que já foi adaptada e que recebeu boas criticas por parte da academia, porém não foi um sucesso de bilheterias. O filme é cansativo, vamos lá. Ele foi feito pra mentes treinadas em aguentar horas de músicas em filmes. Um musical precisa ser entendido, mas na era dos filmes com milhões de efeitos especiais e cenas de ação, um drama não tem muita repercussão.

Porém, eu gostei. Sou suspeita, admito. Mas é de um detalhismo incrível. Cada penteado, maquiagem, figurino, arma, detalhe das casas etc. O filme se passa na guerra francesa, e explora cada pedacinho da revolução. Palmas aos atores que fizeram parte dos revolucionários, da pra sentir o ódio vindo de Enjolras. Sendo que tudo também é encoberto por uma história de amor.

A equipe de som abusou do auto tunes pra deixar a Anne cantando como se fosse a próxima vencedora do American Idol e Hugh Jackman cantando como um tenor. Sim, todos eles cantam, não há uma fala deste filme que não seja no ritmo das músicas - que são lindas diga-se de passagem. Destaque para I Dream a Dream, Do You Hear The People Sing? (que ta no topo dessa postagem) e End of the Night.

Atores e atrizes consagrados nesse filme é de jogar aos baldes. Helena Bohan Carter aparece como sempre com sua espetacular atuação de maluca. Acho que já é da natureza daquela mulher parecer uma louca. Assim como Johnny Depp e o marido dela, Tim Burton. As crianças também tem uma participação toda especial, elas protagonizaram seus personagens de forma brilhante. O jovem Daniel Huttlestone me surpreendeu numa das cenas que desencadeiam a revolução #sem spoilers.

Os miseráveis teve um cuidado redobrado com a caracterização dos coadjuvantes, deixando Anne Hathaway como uma verdadeira vitima de tuberculose. Amanda Seyfried como sempre pálida e frágil e Hugh Jackman como um homem de idade avançada mas com o tipico físico que o deixou pra sempre na pele de Logan.

É um filme indicado à pessoas que tenham a máxima paciência de ver um drama cantado. Eu adorei, do começo ao fim, e nas últimas cenas estava até cantando junto. Corações fracos podem até chorar, não achei emocionante à esse ponto. Eu indico.

OBS: Esta critica foi feita antes da premiação do Oscar. Se ele ganhou, parabéns a Tom Hooper pela ótima adaptação, parabéns aos atores pelo brilhantismo na atuação.

Cíntia Rocha